Fala General, aqui é o Marcel! Quem é Marcel Fernandes? Hoje as pessoas vêem eu andando de carrão e viajando, mas não sabem que nem sempre foi assim, não vim de família rica, pelo contrário, minha família nunca teve dinheiro. Especialmente na época da minha adolescência à fase adulta, minha família vivia sempre numa escassez fodida. Mas enfim, logo chegaremos nessa parte.
Eu sou um cara simples, de uma família simples, nunca tive dinheiro e nem uma vida de luxo e riquezas. Sou de Santa Catarina, e quando eu tinha 1 ano de idade, meus pais decidiram se mudar pros Estados Unidos da América pra tentar viver o “sonho americano”. Acontece que isso não é tão simples quanto nos filmes. Então lá fomos nós, eu, minha irmã de 6 anos na época, minha mãe e meu pai.
Morando nos EUA, meu pai tinha 3 empregos e minha mãe trabalhava de faxineira limpando casas na região. Meu pai sofreu muita discriminação quando trabalhava de entregador de jornal, mas isso nunca impediu ele de continuar e a palavra “desistir” não estava no vocabulário. Acho que foi do meu pai que eu peguei essa garra e vontade de ter sucesso e nunca desistir. Despeito as adversidades, tínhamos uma vida boa nos Estados Unidos. Nunca tivemos luxo e meus pais trabalhavam bastante, mas nós éramos bem unidos, e a vida era boa.
Aos 9 anos de idade começa a montanha-russa da minha vida. Meus pais não estavam mais se dando bem, e decidiram se separar. Minha mãe decidiu voltar pro Brasil, e obviamente trazer os filhos juntos. Quando ela me deu a notícia de que íamos voltar pro Brasil, eu lembro eu olhando pro céu pela sacada, vendo os aviões lá de cima, e tentando me imaginar dentro de um. Eu estava eufórico, e louco pra viajar de avião pro Brasil. Eu nem entendia nada dessas coisas de adulto de separação e tudo mais. O que eu focava minha atenção era no avião que íamos andar, e nos lugares novos que eu ia conhecer. Eu estava mais feliz que pato em goteira.
Chegando no Brasil, desembarcamos do avião em Florianópolis e entramos numa kombi velha pra ir pra casa. É nesse momento que o desespero começa a bater. Eu olho pra rua e só o que eu vejo é carro velho e favela. Não é nada como eu imaginava ser. Eu imaginava ser um lugar lindo, exótico, tropical, cheio de vida e coisas boas. Mas eu só via favela e lixo nas ruas. Eu olho pra minha mãe e falo “Mãe aqui só tem carro feio, a gente pode voltar?”. Interessante pensar que desde pequeno eu já era apaixonado por carros. Mas enfim, continuando a história. Chegamos em Cocal do Sul – SC, a cidade onde nos instalamos, colocamos um colchão no chão onde eu minha irmã e minha mãe deitamos, e choramos a madrugada inteira até dormir. Eu não lembro se choramos de ansiedade, de arrependimento de ter voltado pro Brasil ou sei lá o que era. Mas só sei que nós 3 choramos até dormir.
Não vou contar minha infância inteira aqui porque daria pra escrever um livro com as histórias e não quero prolongar muito esse post. Basicamente tive uma infância saudável em Cocal do Sul, depois nos mudamos pra uma pequena cidade chamada Laguna, também em Santa Catarina, onde eu passei a maior parte da minha adolescência. Minha mãe casou novamente e teve mais filhos, meu pai casou novamente e teve mais filhos.
Desde pequeno eu sempre tive uma “vontade de empreender”, digamos assim. Eu sempre tinha ideias de negócios, ideias de empreendimentos, eu sempre dava jeito de fazer um trocado. A maioria das minhas ideias empreendedoras eram rejeitadas pela minha mãe e pelo meu padrasto porque eles queriam que eu focasse em fazer faculdade, o que não tem nada de errado, eles só não tinham a visão que eu tinha. Eles estavam fazendo o melhor que eles podiam com o conhecimento que eles tinham na época. Então eu cresci, como 99% das pessoas do mundo, achando que fazer faculdade era o único caminho pro sucesso. Eu cresci achando que eu deveria estudar, me formar, conseguir um emprego, tirar férias uma vez por ano, casar, ter filhos, me aposentar, e morrer (o que não tem nada de errado se é isso que te faz feliz).
Então lá fui eu, aos 17 anos saí da pequena cidade de Laguna e fui pra Florianópolis, a capital de SC, morar sozinho e fazer faculdade. Passei no vestibular e fui estudar na UFSC. Eu fui pra faculdade pra agradar meus pais e também porque eu era sustentado por eles, então meio que não tinha opção. Mas eu sentia que algo a mais queimava dentro de mim. Não era bem aquilo que eu queria e cada vez mais eu percebia que meu objetivo não iria ser cumprido fazendo faculdade.
Troquei de curso mais algumas vezes, voltei pra Laguna morar com minha mãe e depois voltei pra Florianópolis morar sozinho de novo, na verdade eu dividia apartamento com 2 outros caras. Essa foi a maior escassez que já passei na minha vida. Graças a Deus nunca passei fome e nunca me faltou nada, mas eu nunca tive abundância. Eu ganhava 750 reais por mês e meu aluguel era 600 reais. Me sobrava 150 reais por mês pra absolutamente tudo que eu precisava. Às vezes eu tinha que pedir dinheiro emprestado pra minha mãe pra comprar comida. Nessa época eu entendi o valor de família. Minha vó e meu vô vinham todo mês pra Florianópolis comprar comida no mercado pra mim, minha mãe, às vezes nem tendo dinheiro, me emprestava o cartão dela pra eu comprar comida, e meu pai me ajudava com dinheiro. Eu vivia a base de miojo e comida do Restaurante Universitário, que era grátis. E essa foi a época que eu mais cresci e evoluí como um ser humano na minha vida, porque eu decidi que eu nunca mais queria ser pobre. Eu não fazia ideia do que eu ia fazer. Mas chegou um ponto que eu não aguentava mais a escassez e não ter dinheiro pra nada e eu decidi mudar.
É por isso que eu digo que tudo que você foca sua energia e seus pensamentos, se expande. Quando eu comecei a focar em não ser mais pobre e ganhar dinheiro, as oportunidades começaram a aparecer. Loucura né? Não! É simplesmente o poder da sua mente. “A maioria das pessoas vive uma vida de desespero silencioso”, como disse o autor Henry Thoreau no livro A Vida nos Bosques. A maioria das pessoas não sabem o poder que sua mente tem, o poder que seus pensamentos tem. A maioria das pessoas só focam nas coisas ruins, focam em negatividade, focam em culpar os outros pelos seus problemas, ao invés de culpar a si mesmo, e por isso nunca conseguem prosperar.
Seu cérebro tem uma coisa chamada Sistema Ativador Reticular, que basicamente significa que tudo que você focar seus pensamentos é o que você vai ver. Por isso quando você pensa em Gol vermelho, seu cérebro vai começar a focar em Gol vermelho quando você ver um na rua. Quando você foca em oportunidade, as oportunidades magicamente aparecem.
O Apóstolo Paulo há 2 mil anos atrás já tinha ensinado isso pra gente mas até hoje 99% das pessoas não entenderam. O Apóstolo Paulo disse “Transformai-vos pela renovação da vossa mente”. TUDO começa na mente, toda transformação começa na mente. Então comece focar em oportunidade e eu tenho certeza que você vai começar a ver em todo lugar. O empresário agrônomo Alan Nation disse “Tem tanta oportunidade nesse mundo que eu não consigo nem dormir!”
Mas enfim, voltando à história. Quando eu comecei focar em oportunidade a oportunidade surgiu. Eu comecei seguir empresários no instagram e me inscrever em canais de empreendedorismo no YouTube. E um belo dia eu estava assistindo YouTube e o algoritmo me recomendou um vídeo sobre uma coisa chamada “Dropshipping”. Eu nunca havia ouvido falar nisso na minha vida até então. Assisti o vídeo de um gringo falando sobre Dropshipping e imediatamente me interessei pelo assunto. Uma maneira de eu ganhar dinheiro de casa, com uma loja virtual SEM estoque? “Caraca”, pensei.
Comecei a pesquisar mais sobre o assunto e descobri que não era tão fácil quanto parecia ser. Mas de novo, meu pai não desistiu mesmo trabalhando em 3 empregos nos Estados Unidos, não era eu que ia desistir agora. Comecei montando minha primeira loja virtual sem estoque no final de 2017. Na época eu morava com meu amigo Marcelo Hoki e eu pedi o cartão de crédito da minha mãe emprestado pra fazer o negócio acontecer.
3 meses se passaram, e eu fiz um total de ZERO reais em vendas. Comecei ficar desmotivado mas não desisti do negócio. Na época eu aprendi uma lição valiosa com um cara chamado Gary Vaynerchuk (@garyvee) que era o seguinte: TUDO é culpa minha. E se não der certo, a culpa é minha que não estudei suficiente, que não trabalhei suficiente, que não me esforcei suficiente. A gente vive num mundo hoje onde as pessoas celebram o vitimismo. Se algo aconteceu na sua vida as pessoas te dizem “fica calmo, fica tranquilo, tudo acontece por um motivo, você não tem culpa”. Mas precisamos mudar esse mindset porque é exatamente esse mindset que tá fazendo com que as pessoas se tornem escravas de suas próprias vidas, de seus empregos, e vivendo ansiosas e tomando anti-depressivos pelo resto da vida. Exatamente por essa mentalidade de vitimismo. Precisamos voltar a tomar controle sobre nossas próprias vidas, e ter autorresponsabilidade pra que possamos crescer e prosperar. Como disse o autor Napoleon Hill “Eu sou o senhor do meu destino, eu sou capitão da minha alma”.
Tomando essa mentalidade de tudo é culpa minha como filosofia de vida, eu continuei o negócio e não desisti. Continuei estudando sobre Facebook ads, sobre marketing, sobre como vender produtos na internet, sobre Branding, e finalmente em outubro de 2017 nós explodimos. Fizemos nosso primeiro dinheiro com Dropshipping, e aí eu comecei acreditar que era possível! Meu sonho é possível! Esse negócio de ganhar dinheiro pela internet é verdade! Em 2018 fizemos um total de 1 milhão de reais em vendas. Vendas não é lucro. Mas mesmo assim fiquei feliz pra caramba.
De lá pra cá eu quebrei múltiplas vezes, cresci múltiplas vezes, caí múltiplas vezes, errei múltiplas vezes, acertei múltiplas vezes, e me apaixonei pela arte de empreender. Eu gosto de qualquer coisa que envolva empreender. Seja uma loja online, seja um produto digital, seja um lançamento digital, seja vender serviços, seja produtos físicos, eu gosto do processo. Eu gosto do processo de criar empresas, crescê-las e partir pra próxima.
Graças a Deus eu mudei minha história e não deixei minhas circunstâncias definirem minha vida. “Ué Marcel, mas onde esteve Deus nessa sua história?”. Perceba que eu não inseri Deus em nenhum momento específico da história, e isso é porque Ele não está em um momento específico, Ele está em todos os momentos. Ele que possibilitou que tudo isso acontecesse na minha vida, Ele que possibilitou que eu conquistasse tudo que eu conquistei e sem Ele nada disso seria possível. Ele me deu coragem, Ele me deu acesso à sabedoria do alto, Ele me deu a garra e a paixão de nunca desistir. Sabe aquele velho clichê que Jesus nos ensinou? “Peça e lhe será dado”. Pois bem, eu pedia todo dia, e ainda peço até hoje. E certamente Ele me deu. E tudo isso que Ele já me deu, não é nem a sombra daquilo que há de vir.
E agora, 25 voltas ao redor do sol depois, tenho uma família maravilhosa, uma esposa, 3 filhos de quatro patas e mais 2 gêmeas que ainda não foi feito o download do mundo espiritual pra terra ainda mas que estão no aguardo pra descer. Como disse o palestrante Jim Rohn “Família é um ótimo motivo pra se trabalhar duro”.
Eu trabalho pra caramba, sou grato por tudo que eu tenho, e amo cada segundo da minha vida. “Ah mas depois que você ganhou dinheiro é fácil falar que é grato”. Não se confunda, quando eu era pobre eu era grato pra caralho por tudo que eu tinha porque eu sabia que tem gente muito pior do que eu. E se eu perder tudo que eu tenho hoje, eu ainda serei grato por ter tido tudo isso por tanto tempo. Ser feliz e grato é um mindset, não é o quanto dinheiro você ganha. Pegou a chave?
Estou escrevendo esse blog. Postando conteúdo sobre minha jornada na internet, ensinando, aprendendo, errando, e mais importantemente, evoluindo como um ser humano. Por que postar conteúdo? Bom, primeiro porque hoje em 2021 vivemos na maior oportunidade do século pra se criar uma marca e uma audiência, e eu amo esse jogo de empreendedorismo e postar conteúdo ajuda minha marca. Mas algo que as pessoas não vêem e as vezes nem pensam, é o impacto que uma palavra, uma frase, um post, um vídeo, uma imagem, pode causar numa pessoa. Meu propósito é transbordar meu conhecimento e experiência e impactar 1 bilhão de pessoas nessa Terra, e é isso que eu recomendo que todo mundo faça: transborde! E se alguém é tocado por uma palavra que eu disser, e se alguém se inspirar pra caminhar sua própria jornada também, e se alguém escapar da corrida dos ratos em que todo mundo vive que é fazer faculdade, se aposentar e morrer, por que NÃO transbordar e ajudar outras pessoas?
Encerro essa pequena história sobre minha vida com uma pergunta pra você refletir:
Você é o diretor da sua vida? Ou você é um mero espectador?
